terça-feira, 6 de julho de 2010

La Boda de Juan y Diana


Por sorte, acaso, tivemos um casamento aqui na Espanha, nossos amigo Juan e Diana, casaram no fim de maio e por carinho chamaram eu e o Dinho como convidados.

E infelizmente por conta do mestrado e da copa, ainda não tinha escrito sobre o assunto.
Aqui na Espanha se casa muito pela manhã, e é muito comum no sábado você estar fazendo turismo e ter um monte de noivas batendo suas fotos nos monumentos da cidade.


No casamento pela manhã, e manhã vale até umas 4 horas da tarde, o traje muda mais que no Brasil. Os homens estão sempre de terno, então mais uma vez saem ganhando na facilidade de usar a roupa, e as mulheres, como no Brasil, usam vestidos curtos, e normalmente com cores mais alegres. Mas o mais interessante são os chapéus e os tocados que eu não faço a mínima idéia de como chama ai. Quando vi a primeira vez, um montão de mulheres saindo da igreja com seus badulaques na cabeça foi um tanto peculiar e divertido, porque me lembrei antigamente de uns trajes de carnaval da minha mãe, alá cancan que levava uma penas na cabeça, mas claro são coisas culturais. Apesar de que, confesso que tem uns que: não, não... jamais usaria. Mas tem umas mulheres que sabem eleger seu acessório, e fica muito charmoso.



À noite, é mais igual, normal que usa traje longo, apesar de que sempre vão algumas de curto. É comum também que algumas levem algumas penas na cabeça, mas já é mais difícil.

A respeito da cerimônia, é muito parecido, mas se muda ou se acrescenta algo. Por exemplo, inacreditável, que todos esperam a noiva fora da igreja, nada do drama da espera. Depois na igreja, tem uma missa, como a nossa, com leituras de parentes, igual. No altar nada daquele mundaréu de padrinhos é apenas um casal, que normal que seja os pais dos noivos. O que é uma pena, porque seus amigos ficam meio de lado.

Uma particularidade da noiva aqui. Diz à lenda que ela tem que usar uma coisa nova, usada, emprestada e azul. O velho simboliza o passado que sempre teremos presente, a vida que está atrás. O novo, a nova vida que começa. O emprestado simboliza a amizade. E o azul a fidelidade. A Diana me assegurou que levava todos.














Bom, mas contando mais do casamento dos nossos amigos, para mim foi um encanto. Eu adoro casamento fim de tarde. E foi numa capela, que por dentro era demais de graciosa, e a vista que tinha por fora, indescritível. A cidade que foi o casamento, chama Huelva, e ali passa um enorme rio que desagua no mar. E a capela estava de frente para esse rio, que tem uma margem muito larga, então você tem uma sensação  de amplitude, e o mais bonito era que o por do sol dava justo para a frente da capela.













Ela chegou e como eu disse, todos estavam para fora esperando. Praticamente todo o repertório musical foram com músicas flamencas, umas mais novas, outras mais tradicionais, o que dava uma particularidade a cerimônia completamente distinta para nós brasileiros.

Teve duas coisas que me encantou mais na cerimônia. Como era uma capela, e o sol estava se pondo, em um momento da cerimônia, mais ao fim, o sol entrou na igreja e ficou justo nas costas do casal, lindinho. E outra foi quando o pai do Juan, que era o padrinho, falou algumas palavras, ou muitas palavras. E falou muito bem, me lembrei do meu pai, imaginem se não chorei.

Daí para encerrar a cerimônia o velho arroz, mas que me deu pena, porque além do arroz, o irmão do Juan não me leva sacos e sacos de confete. Foi um tiroteio só, em um momento não se via o casal.

A festa, foi um lugar bonito igual, aqui tem suas vantagens, tem uns lugares antigos que você pode fazer festa. Assim que foi num antigo mosteiro. E o lugar por si só já tinha seu encanto.

Aqui a parte da comida é parecida, mas não é igual. Tem as entradas, que você toma com cerveja ou para as não adeptas, um vinho mais doce. Depois tem o jantar. Pai, você ficaria louco aqui, não se levanta da mesa no jantar, cada um na sua mesa, comendo todos os pratos deliciosos que vem. E recomendo, se forem num casamento aqui na Espanha, que não almocem, porque é tanta comida que você quase explode. Primeiro prato: “milhojas de verdura com queso de cabra” e depois um prato que eles chamam de “sinfonia central de mariscos”, que tinha 3 tipos de camarões, um deles era uma mini lagosta. (delicioso). Depois tem uma pausa com “sorbete de limon” (já estava satisfeita ai). Depois o prato principal que foi “presa de paleta ibérica em salsa de trufas com legumes”. E por fim o postre (sobremesa). Tudo acompanhado de vinhos.

E então, para vocês se familiarizarem com o tem da bebida. Primeiro você estava tomando cerveja, depois você começa a beber vinho. E claro, a festa anima, igual, igual, musicas alá anos 70 e 80, e depois as atuais. Tudo isso cominado com o que eles chamam de “barra livre” que são as copitas. Então ou você toma run ou whisky. Compreende agora porque você fica na mesa comendo um montão?!











E assim foi, aproveitamos muito aqui, um dia lindo, uma cerimônia graciosa, comida deliciosa, musica, bebida e bons amigos.

4 comentários:

Unknown disse...

a não vai dizer que é o maior charme usar estes chapeus, e afoto do sol como ja disse foi uma benção divina, quanto a tradição de familia nunca é tarde para começar uma.....

Marina disse...

Mae, mas só se eles nao forme brega... vai falar que quando vc nao teve aqui nao tinha uns buuuuunitooossss!!!

Unknown disse...

naqule primeiro sabado que tivemos em sevilla, lembra quantos casamentos???
tinha algumas mulheres na rua bem vestidas e usando alguns super charmosos

Unknown disse...

e inclusive alguns carros de noivas mais charmosos ainda....

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